elza lima

Elza Lima [Grandes Nomes da Fotografia]

setembro 2, 2020

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A fotógrafa Elza Lima tem um olhar muito detalhado para o cotidiano, em especial aos povos ribeirinhos do Pará, seu estado natal. Com suas lentes, ela consegue como poucos registrar as festas populares, o artesanato, a pesca, as moradias, brincadeiras infantis e a presença de ícones da modernidade, como a televisão e objetos industrializados no dia a dia das comunidades. Algumas imagens chamam a atenção para a relação afetiva das pessoas com o meio ambiente: crianças subindo em árvores, se banhando nos rios, ou segurando animais silvestres como se fossem de estimação. “Dentro do movimento há um momento no qual todos os elementos que se movem estão em equilíbrio. A fotografia deve capturar esse momento e conservar estático seu equilíbrio”, como descreve Henri-Cartier Bresson, no livro Estética fotográfica – Una Selección de textos.

 Nascida em Belém (PA), em 1952, Elza Lima formou-se em História pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em 1979. Mas no meio do caminho, mudou a rota. Foi um curso de fotografia, em 1984, coordenado por Miguel Chikaoka, na Oficina Fotoativa, que mudou a sua vida. Logo em seguida, fez parte da equipe do projeto Ação Cultural e Pedagógica com imagens, do Centro de Recursos Audiovisuais da Amazônia, entre 1984 e 1987. Em 1989, trabalhou na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves – Centur. Lá, ela criou um acervo fotográfico das manifestações culturais da região amazônica. Além também de ter iniciado um trabalho de documentação de tribos indígenas da Amazônia Legal em parceria com Fundação Nacional do Índio (Funai).

Premiações

Elza Lima já recebeu diversos prêmios e também reconhecimento. E todos foram de seu próprio mérito por conta de seus maravilhosos trabalhos. A princípio, seu primeiro prêmio veio em 1988 no Prêmio Arte Pará, em sua 7ª edição. Logo depois em 1991, recebeu o Prêmio José Medeiros do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). Por seis meses, morou na Suíça com uma bolsa concedida pelo Kuntmuseum des Kantons Thurgau, em 1995. Neste período, pôs em prática o projeto Vendo de Perto com Olhares de Fora, com o fotógrafo suíço Barnabás Bosshart (1947). No ano seguinte, foi contemplada com o Prêmio Marc Ferrez da Fundação Nacional de Arte (Funarte) e, em 1999, com a Bolsa Vitae de Artes.

Elza inclusive é lembrada por várias partes do mundo. Isso porque ela já fez exposições em vários países, segue a listinha: Estados Unidos, Espanha, França, Suíça, Alemanha e Portugal. Mas não para por aí, suas imagens fazem parte de coleções do MASP, Centro Português de Fotografia, MAM do Rio de Janeiro, entre outros. Pela Ipsis, a fotógrafa lançou um livro com os 20 primeiros anos do seu trabalho fotográfico que contou com o olhar preciso de Eder Chiodetto.

Elza Lima: Suas fotos, sua arte

O autor e crítico de arte, Paulo Herkenhoff, escreveu sobre o trabalho de Elza Lima: “Os ensaios procuram aliar documentação e subjetividade e, por isso, estão historicamente vinculados ao fotodocumentarismo moderno, inaugurado pela agência francesa Magnum Photos, fundada em 1947 por Robert Capa (1913 – 1954) e Henry Cartier-Bresson (1908 – 2004), entre outros.

A obra de Elza Lima remete sobretudo à produção de Bresson, pois se caracteriza pelo congelamento de instantes fugazes e pelo cuidado com a composição. Segundo Bresson, ‘dentro do movimento há um momento no qual todos os elementos que se movem estão em equilíbrio. A fotografia deve capturar esse momento e conservar estático seu equilíbrio’.Elza Lima flagra o cachorro pulando no rio enquanto o menino nu olha distraidamente para fora do quadro, as crianças saltando na água, a menina vestida de anjo numa canoa à beira do lago. Os corpos parados no ar, os sorrisos, as asas e a nudez conferem uma aura de liberdade e pureza às cenas. Além disso, suas fotos correspondem ao desejo de perpetuar aspectos de uma cultura e de um modo de vida que estão em constante transformação”.

Em uma entrevista a Dennis Calcada, em 2017, Elza Lima falou sobre o que uma fotografia deve conter: “Tudo que instigue o olhar, que o chame de uma forma definitiva, criando um diálogo com o pensamento”. Sobre a arte de fotografar, ela fala: “acredito que um bom fotógrafo está sempre respaldado no imaginário. Meu trabalho é muito voltado para o sonho”.

Por fim, que tal admirarmos um pouco os trabalhos desta grande artista? 😀

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