Steve McCurry

Steve McCurry [Grandes Nomes da Fotografia]

janeiro 23, 2020

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Steve McCurry nasceu na Filadélfia, Estados Unidos, em 24 de fevereiro de 1950. Graduou-se, no início dos anos 70, em Artes e Arquitetura, pela Universidade do Estado da Pensilvânia. Logo cedo começou a trabalhar como fotógrafo em um pequeno jornal da região. Pouco depois da formatura, viajou para a Índia, onde aprimorou suas técnicas. Lá, ele aprendeu a observar e esperar o melhor ângulo. Segundo ele, “se você esperar, as pessoas vão esquecer a sua câmara e a alma do fotografado transparece.”

 

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Um fotógrafo em zona de guerra

Em 1979, McCurry já era bem conhecido pelo mundo e contribuía para a revista National Geographic. Em 1980, vestindo-se como um nativo, cruzou a fronteira entre Paquistão e Afeganistão. Este era um território fortemente contestado pelos rebeldes e McCurry queria fotografar a realidade das pessoas daquele ambiente. Os rolos das fotos estavam escondidos entre as suas roupas.

Essa maluquice possibilitou que, através de suas fotos, o mundo entendesse a realidade cruel da guerra. E mesmo em uma zona de guerra, ele conseguiu resultados magníficos. A cobertura da invasão russa ao Afeganistão impressionou a todos e rendeu ao fotógrafo o Prêmio Robert Capa de Melhor Reportagem Fotográfica do Exterior, concedido apenas aos fotógrafos que expõe sua coragem e iniciativa excepcionais e dedicação à profissão.

Desde então, ele cobriu diversas áreas de conflito, internacionais e civis, entre eles: a tensão entre Irã e Iraque, a desintegração da antiga Iugoslávia, além de outros inúmero conflitos em Beirute, nas Filipinas, na Guerra do Golfo, na Birmânia, Caxemira e Iêmen. Dessa forma, suas fotos eram destaque nas principais revistas do mundo e frequentemente apareciam na revista National Geographic.

O jovem Steve estava no auge de sua carreira, não é mesmo? #SQN A vida reservara algo pra ele. Alguns anos pra frente, ele faria uma foto que chamaria a atenção de todo o público e o tornaria um dos fotojornalistas mais conhecidos do mundo.

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A menina afegã

O ano era 1984. Steve estava no Paquistão, fotografando em um campo de refugiados afegãos. Então, ele ouviu um som de crianças vindo de dentro de uma tenda, uma sala de aula improvisada. Ao longe, uma garota de 12 anos, que tivera os pais mortos por um ataque aéreo soviético e viajara durante semanas com sua avó e quatro irmãos por vários campos de refugiados, o encarava. Ela tinha os cabelos castanhos e olhos verdes bastante expressivos.

E assim ele soube que essa era a única foto que ele queria levar. O fotografo apertou a câmera entre as mãos, apontou e clicou! No início, a garota cobrira o rosto com as mãos e o xale. Vendo a situação, sua professora pediu a ela que colocasse as mãos para baixo, pois o mundo veria seu rosto e conheceria sua história. E assim ela o fez. Baixou as mãos e apenas olhou para a câmera; assim nascia a icônica foto.

Segundo McCurry, “Para uma jovem que não era apenas refugiada, mas uma órfã, uma espécie de anônima – ela realmente caiu entre as fendas da sociedade lá”, diz ele. “Eu só posso imaginar como isso afetava, tendo perdido seus pais e, em seguida, estando tão longe de casa em uma terra estranha”.

A foto, inicialmente nomeada de “Menina Afegã”, impressionou o mundo e tornou-se capa da edição de junho de 1985, da revista da National Geographic. As cores contrastantes, a imagem de seu rosto, com um xale vermelho cobrindo a cabeça e seus olhos verdes fitando diretamente a câmera. Tudo tão marcante que muitos a chamavam de “Mona Lisa Afegã”. Esta foi nomeada a fotografia mais reconhecida da história da revista. E mesmo assim, até então, ninguém sabia o nome da garota.

 

Reencontro

Em 2002, Steve McCurry reencontrou a garota afegã vivendo no campo de refugiados de Nasir Bagh, no Paquistão. Nesta oportunidade, a fotografou novamente. Essa nova foto foi publicada pela mesma revista e mostra que seus olhos verdes continuam tão magnéticos como naquela época. Dessa vez, foi possível dar um nome àquele rosto tão marcante: Sharbat Gula. À época, ela era casada, mãe de três filhas e não tinha ideia de que seu rosto era tão reconhecido. Ao encontrá-la, Steve disse: “Sua pele é de resistência; existem rugas agora, mas ela é tão impressionante quanto como era há 20 anos”. Nessa oportunidade, ela disse que esperava que suas filhas pudessem ter a educação que ela nunca teve.

E esse sonho será realizado 🙂 Em 2016, Gula foi presa no Paquistão por falsificar o documento de identidade do país e defrontou-se com uma pena de até 14 anos de reclusão e multa equivalente a R$ 16.700,00. Entretanto, duas semanas depois ela foi solta e retornou ao Afeganistão, onde foi saudada pelo presidente Ashraf Ghani, que lhe garantiu cuidados de saúde e educação para as crianças. Hoje, ela vive em uma casa que foi custeada pelo governo do país. Seu nome na escritura a coloca entre os 17% das mulheres afegãs que são donas das próprias casas. Steve McCurry permanece em contato com Gula e sua família até hoje.

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Shabart Gula em 1984 | Shabart Gula em 2002

 

Hoje em dia

Atualmente com 69 anos, Steve continua fotografando em diversos lugares do mundo, é membro da Magnum Fotos, desde 1986 e muitas de suas imagens tornaram-se ícones modernos. E, se você é fã de McCurry e de sua fotografia, pode seguir ele nas redes sociais Facebook, Instagram e Twitter. Por lá, ele sempre posta fotos e relatos sobre seus trabalhos ao redor do mundo.

Você também pode me seguir nas redes sociais, porque é onde eu posto um monte de coisas legais que eu acho que você vai gostar. Eu tô no Instagram, Facebook, e Twitter.

E aí, fotógrafo! Curtiu? Qual outro grande nome da história que você quer ver por aqui? Conta aí que estou curiosa para saber

Até a próxima!

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