A Vida de J.R. Duran

José Ruaix Duran nasceu em Barcelona, na Espanha, em 1952. Mas, em 1970, mudou-se para o Brasil, radicando-se em São Paulo. Na capital paulista, cursou Jornalismo na Faculdade Anhembi na década de 1970. Mas foi na fotografia que começou a se destacar trabalhando como assistente de diversos fotógrafos e freelancer para a Editora Abril.

Em entrevista para a revista Forbes em janeiro deste ano, J.R. Duran lembrou do começo de sua carreira. “Consegui uma chance como assistente do assistente do fotógrafo catalão Marcel Giró, com quem aprendi boa parte do que sei. Conheci Giró graças à minha mãe. Ela comprou a revista ‘Bondinho’, viu uma matéria sobre profissionais que fotografavam crianças, entre eles Giró. Levou meus irmãos, de 2 e 5 anos, para um casting, e aproveitou para perguntar se me aceitava como assistente. Demorei seis meses para sair da inércia e ir ao estúdio. Fui numa sexta e comecei na segunda”. Como resultado, naquela época em diante, não parou mais.

Ascensão na fotografia

Na década de 1980, montou seu próprio estúdio e passou a colaborar com importantes revistas nacionais e algumas publicações internacionais, especialmente a revista Playboy – só para ter uma ideia, nove das 10 capas mais vendidas da publicação são de sua autoria. Além disso, a respeito da fotografia do nu, J.R. Duran falou certa vez ao portal Terra: “mesmo nas fotos de nus, eu não penso no corpo, eu penso no momento, no timing e na veracidade da fotografia”. E a matéria completa: “Ele defende que as suas fotos sejam autênticas, naturais e, ao mesmo tempo, passem a sensação de que aconteceram por acaso”.

Em adicional, começou a atender as maiores agências de publicidade do Brasil, como DPZ, DM9, W-Brasil, entre outras. Foi nessa época que se consagrou como um dos profissionais mais reconhecidos e requisitados do país. Ganhou dez Prêmios Abril de Fotojornalismo, passando a ser horsconcours desse prêmio, e recebe três prêmios consecutivos Multimoda.

Nome nas bíblias da moda

Por volta de 1984, J.R. Duran realizou sua primeira exposição, Beijos Roubados, na Galeria Paulo Figueiredo, em São Paulo, e na prefeitura de Mataró, em Barcelona. Posteriormente, em 1989, mudou-se para Nova York e lá amplia sua clientela passando a trabalhar para o mercado europeu e norte-americano. Nesse período, tem intensa produção de retratos e editoriais de moda para as “bíblias da moda”, como a Harper’sBazaar americana, a Elle francesa e a Vogue alemã. Em seguida, em 1988, foi capa da edição nacional da Veja com o título “O Mago das Lentes”, como muitos o chamam até hoje. Retornou a São Paulo em 1995, quando, além de fotografar, dirige comerciais para televisão e edita a revista Freeze, cuja periodicidade quadrimensal é voltada para um público dirigido.

Entre seus livros de fotografia estão J.R. Duran: 18 Photos (1991) e Cadernos Etíopes (2008), em que registra tribos do vale do rio Omo. J.R. Duran também já escreveu dois romances no estilo noir: Lisboa (2002) e Santos (2006), que fazem parte de uma trilogia.

Além disso, grandes marcas brasileiras tiveram trabalhos assinados por J.R. Duran como: Intelig, cigarro Charm, cervejas Kaiser e Antarctica, Lojas Riachuelo, Bancos Itaú e Banco do Brasil, Martini, Motorola, Telefônica, Sadia, Credicard, entre muitas outras. Dono de fotos de grandes personalidades brasileiras como Taís Araújo e Ana Hickmann, J.R. Duran se considera “um retratista, um buscador da alma através da fisionomia, alguém que consegue captar um pouco do fluxo das pessoas que retrata”.

Que tal admirarmos algumas de suas fotos? =D

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